quinta-feira, 5 de julho de 2012

Porque guerreiros?

É, enfim o Corinthians é campeão da Libertadores, eis que a noite de 04/07 é o fim da mais longa fila do futebol brasileiro, 100 anos. Mas nem é essa minha indignação. Sou palmeirense e como muitos, torcemos sempre contra os alvinegros. Contudo, o que me causou repúdia com toda essa rasgação de seda foi ver a imparcialidade da mídia nessa cobertura.

A maioria dos colegas esqueceu o conceito de apenas informar para claramente tomar partido de algo. Até mesmo o Paulo Vinícius Coelho da Sportv, notório palmeirense, é imparcial ao dar seus pitacos quanto ao time e seus momentos de glória ou fracasso.

Em todos os veículos, seja televisão ou jornal, o que se viu foi um desfile de elogios, de documentários, de programas, de espetáculos sobre essa final. Transformaram esses jogos em uma copa do mundo. Colocaram o Corinthians como representante do povo brasileiro. Criaram rixas e discursos clichês sobre o contra tudo e contra todos.

Claro, faz parte do show. Agora, o cúmulo da minha indignação é ouvir que o Corinthians é um time de guerreiros. Oras, em que categoria isso se encaixa? Os jogadores ganham milhares de reais, têm casas luxuosas, carros do ano, patrocínios,jogam 2 vezes por semana e contam com uma estrutura médica de primeira linha.

Guerreiros? Se eles são guerreiros, o que são os milhares de trabalhadores brasileiros que acordam todos os dias de madrugada, enfrentam transportes lotados, ficam nas filas de atendimento de hospitais e muitas vezes nem sequer conseguem atendimento?

Seja corinthiano, palmeirense, são paulino, não me venham utilizar essa termologia para definir um jogo jogado com raça. Ninguém faz mais que a obrigação. Quando todos eles conseguirem sobreviver com um salário mínimo e demonstrar a mesma raça, calarei minha boca e com certeza utilizarei enfim o termo guerreiros.!

E tenho dito.

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